sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

PARQUES DE VAQUEJADAS DO ESTADO DA BAHIA

Parque 12 de Dezembro - Itapetinga
Parque 3 Amigos - Juazeiro
Parque Acioly Leal - Ibicuí
Parque Alcides Ramos Gordiano - Conceição do Coité
Parque Alfredo José dos Santos - Tanquinho
Parque Américo Castro - Barra do Rocha
Parque Americo D`onofrio - Jaguaquara
Parque Antônio Barreto - Ipirá
Parque Antônio Flávio de Carvalho - Jeremoabo
Parque Antônio Guilherme Lima - Feira de Santana
Parque Antônio Ramos - Catu
Parque Arerê - Casa Nova
Parque Aristo Pires de Novais - Lajêdo do Tabocal
Parque Az de Ouro - Itapetinga
Parque Balança Boiada - Cachoeira
Parque Benedita Rebouças - Caetite
Parque Benjamin Souza Filho - Paratinga
Parque Bento Meneses - Dom Macedo Costa
Parque Cabana do Yng - Buerarema
Parque Carla Pinheiro - Olindina
Parque Cavalo de Aço - Itabuna
Parque Cecilio Mota - Jacobina
Parque Celino Souza - Itapetinga
Parque Chapada Diamantina - Itaberaba
Parque Club da Derruba - Vitória da Conquista
Parque Clube do Vaqueiro - Serrinha
Parque Coliseu do Sertão - Feira de Santana
Parque Constantino de Souza - Luis Eduardo Magalhães
Parque Coração de Jesus - Coração de Jesus
Parque Coronel José Rufino - Riachão do Jacuípe
Parque das Mangueiras - Conde
Parque de Erinézio Cristo - Ouriçangas
Parque de Exposição e Vaquejada Luís de Carvalho - Encruzilhada
Parque de Exposição Morro do Chapéu - Morro do Chapéu
Parque de Exposicões de Salvador - Salvador
Parque de Pedro Borges - Coração de Maria
Parque de Vaquejada e Centro de Treinamento Rancho Turbina - Barreira
Parque de Vaquejada e Exposições Joaquim Machado - Serra do Ramalho
Parque de Vaquejada Haras Gaia - Serrinha
Parque Deraldo Cedraz - Mairi
Parque Desportiva Rural de Vitória da Conquista - Vitória da Conquista
Parque Dois Irmãos - Itambé
Parque Dois Irmãos - Serrinha
Parque Dr. Mario Porciúncula - Riachão do Jacuípe
Parque Durval Oliveira - Almadina
Parque Edgard Lôbo - Iguai
Parque Eduardo Gomes Brito - Santanópolis
Parque Espora - Cícero Dantas
Parque Faixa de Ouro - Salvador
Parque Felipe Gusmão - Itambé
Parque Fernando Carneiro da Silva - Serrinha
Parque Isabel Andrade - Muquem do São Francisco
Parque Itabaiana - Brejolândia
Parque Itacyra - Tanquinho
Parque José Cardoso - Jacobina
Parque João Bosco Loiola - Uauá
Parque João Ferreira da Cruz - Irará
Parque Jorge Delfran - Araças
Parque José Costa - Candeal
Parque José Elizeu de Oliveira - Riachão do Jacuípe
Parque José Firmino de Lima - Conceição do Coité
Parque José Francisco dos Santos - Cícero Dantas
Parque José Juventino - Feira de Santana
Parque Líbia Cedraz - Conceição do Coité
Parque Licurizal - Santanópolis
Parque Luciano Freire - Alagoinha
Parque Luiz de Carvalho - Encruzilhada
Parque Major do Vale - Formosa do Rio Preto
Parque Manuel Rodrigues Sobrinho - Campo Formoso
Parque Maria do Carmo - Serrinha
Parque Maria Eduarda - Ribeira do Pombal
Parque Maristela Galy Galvão - Coaraci
Parque Monte Líbano - Mata de São João
Parque Municipal Major Leopoldo - Formosa do Rio Preto
Parque Napoleão Caldas - Olindina
Parque Neca Pires - Itiruçu
Parque Nestor Mesquita Martins Filho - Ipiaú
Parque Normando Navarro - Ubaíra
Parque Nossa Senhora da Conceição - Conceição de Feira
Parque Nossa Senhora da Purificação - Irará
Parque Olivério Ferreira Salgado - Potiraguá
Parque Pai, Irmão e Primo - Teodoro Sampaio
Parque Paschoal Laudano - Pojuca
Parque Rancho pé de Serra - Itarantim
Parque Rasga Tanga - Cruz das Almas
Parque Reencontro dos Vaqueiros Osvaldo Cara Branca - Jaguaquara
Parque Regional Asa Branca - Coração de Maria
Parque Rio dos Peixes - Rio Real
Parque Salvador Cordeiro - Candeal
Parque São Bento - Ourolândia
Parque São Gabriel - Ribeira do Pombal
Parque São Luiz - Castro Alves
Parque Sérgio do Forró - Juazeiro
Parque Sertão Luz - Jacobina
Parque Sorria - Fátima
Parque Theonas Silva Rebouças - Nova Itarana
Parque Toninho Romeu - Itaberaba
Parque Tota Carvalho - Glória
Parque Três Irmãos - Nova Fátima
Parque Três Irmaos - Feira de Santana
Parque Ulisses Gonçalves Campos - Poções
Parque União - Rio Real
Parque Valeu o Boi no Cacau - Itabuna
Parque Vavá Nascimento - Sapeaçu
Parque Zulmiro Oliveira Salgado - Potiraguá
Williames Thiago dos Santos Santana - Juazeiro

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

DENTIÇÃO E IDADE ANIMAL!

Cavalo - História - Dentição e Idade - Anatomia - Aprumos - casco - Reprodução - Pelagem - Doenças - Ciclo de Vida
Os dentes são elementos principais pra conseguir determinar, com segurança, a idade aproximada, dos cavalos.
A avaliação da idade é importante pois, muitos animais não tem registro oficial e, são negociados a base da idade aproximada.
O cavalo adulto possui 40 dentes e a égua 36, normalmente, assim distribuidos:
12 incisivos
6 superiores
6 inferiores
4 caninos, em geral ausentes na fêmea
24 molares distribuidos igualmente nas duas arcadas.
O potro, macho ou fêmea, apresenta apenas 24 dentes, todos caducos.
12 incisivos
12 molares
Esqueleto da queixada do cavalo



Os dentes de leite são menores e mais brancos que os dentes permanentes e possuem um colo ou linha de estrangulamento em seu terço médio.

Com o desgaste, devido à mastigação, os dentes também mudam seu arco incisivo que, visto de perfil, é arredondado no animal jovem e vai se tornando alongado à medida que o animal envelhece.
Arco Incisivo visto de perfil
Os dentes e suas respectivas idades


1º período - Erupção dos caducos

• Pinças - até o fim da 1ª semana
• Médios - no fim do 1º mês
• Cantos - no 6º mês, alcançando o nível dos demais até o 10º mês
A partir dos 2 anos de idade os animais passam a fazer a troca dos dentes de leite pelos permanentes
2º Período - Rasamento dos caducos
• Pinças - com 1 ano
• Médios com 1 1/2 anos
• Cantos - com 2 anos

3º Período - Mudas
• Pinças - surgem aos 2 1/2 anos e estão crescidos aos 3
• Médios - surgem aos 3 1/2 anos e estão crescidos aos 4
• Cantos - surgem aos 4 1/2 anos e estão crescidos aos 5

4º Período - Rasamento dos definitivos
• Pinças - aos 6 anos
• Médios - aos 7 anos
• Cantos - aos 8 anos


5º Período - Arredondamentos
• Pinças - aos 9 anos
• Médios - aos 10 anos
• Cantos - entre 11 e 12 anos


6º Período - Triangularidade
• Pinças - aos 14 anos
• Médios - aos 15 anos
• Cantos - entre 16 e 17 anos

Neste período, poderá se notada novamente a "cauda de andorinha" e caracteriza-se também pelo nivelamento de todos os incisivos. A partir daí então, os dentes vão se tornando biangulares e fica cada vez mais difícil calcurar a idade do animal.
7º Período - Biangularidade
• Pinças - aos 18 anos
• Médios - aos 19 anos
• Cantos - aos 21 anos

Um defeito grave de dentição, em conseqüência da posição incorreta dos maxilares, observado com freqüência em nossos pôneis é o chamado "prognatismo", que pode ser inferior ou superior, onde as arcadas não se ajustam.

Lúcia Helena Salvetti De Cicco
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe
BIBLIOGRAFIA:
Millen, Eduardo - Guia do Técnico Agropecuário "Veterinária e Zootecnia"
Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1984
Edwarads, Elwyn Hartley - Horse
A Dorling-Kindersley Book - 1993
Santos, Ricardo de Figueiredo - Eqüideocultura
• J. M. Varela Editores, 1981
• Camargo, Ruy de Arruda - Doma e Adestramento do Cavalo
• Id«cone Editora Ltda, 1986
• Torres, A. Di Paravicini e Jardim, Walter R. - Criação de Cavalos e outros eqüinos
• Nobel, 1987

PICADA DE COBRAS VENENOSAS!

É muito grande o número de acidentes humanos causados por mordeduras de cobras venenosas. Se considerarmos que os animais Domésticos permanecem, pelo menos, o dobro do tempo que um homem do campo, em contato, com o ambiente natural (pastos, capineiras, campos, etc...), é de se concluir que o número de acidentes aumentam consideravelmente.
Os prejuízos com mortes de animais por mordedura de cobras, supera, em muitos casos, mortes causadas por doenças infecciosas ou parasitárias. É de extrema importância, que todo proprietário rural que possua criações domésticas, tenha em sua propriedade algumas ampolas de soro, para atender a tais acidentes, na sua maioria letais.
Quando a cobra venenosa ataca o animal os sinais de picada são muito variáveis, indo desde os dois pontos hemorrágicos deixados pela presa até a uma simples arranhadura. Em alguns casos pode haver até mesmo ausência de sinal.
Dentre as serpentes venenosas mais comuns no Brasil destacamos:
1) Família Viperidae - Sub-Família Crotalinae (com fosseta lacrimal).
a) Gênero Bothrops (Jararacas)
B. Jararaca Jararacas
B. Jararacussu jararacussu
B. Atrox Jararaca Grão de Arroz
B. Cotiara cotiara
B. Moogeni Caissaca
B. Alternatus urutú
b) Gênero Crotalus (cascavel) - Caracterizada pelo guizo na cauda.
c) Gênero Lachesis (Surucuçu)
2) Família Elapidae
Gênero Micrurus Corais venenosas
Sintomas mais comuns nos acidentes ofídicos
1) Botrópico (Jararacas)

No Brasil, mais de 80% dos acidentes causados por cobras tem sua origem nos ofídeos do gênero botrópico (jararacas, jaracussu, urutu). A picada é dolorosa, produzindo inchação local, vermelhidão, podendo aparecer bolhas também. Poderá ocorrer posteriormente, hemorragia nas gengivas e urina vermelha. Há possibilidade de necrose no local da picada.
Tratamento: Soro Antibotrópico
Em caso de dúvida do criador quanto ao tipo de cobra que picou o animal, pode-se aplicar no mesmo momento o Soro Polivalente.
2) Crotálico (cascavel)
No Brasil em torno de 18% dos acidentes causados por cobras tem sua origem nos ofídeos do gênero crotálico (cascavel). A picada nem sempre é dolorosa. Dentro de 30 a 60 minutos manifesta-se o "Fascies neurotóxico", que consiste na queda das pálpebras, paralisia dos músculos motores dos olhos, acarretando a perda da cisão. Mais tarde a urina pode tornar-se vermelha (castanho escura). Em casos graves, pode haver diminuição da urina e mesmo anúria devido à lesão renal.
Tratamento: Soro Anticrotálico
Em casos de dúvida do criador quanto ao tipo de cobra que picou o animal, pode-se aplicar no mesmo momento o Soro Polivalente.
Tratamento auxiliar nos acidentes ofídicos
Dentro dos primeiros 30 minutos, é conveniente fazer pequenas picadas com uma agulha no local e em volta da picada para ajudar a extrair o sangue com o veneno inoculado. Deixar o animal em descanso evitando assim que a excitação provoque aumento dos batimentos cardíacos e consequentemente maior velocidade da circulação do sangue e consequentemente do veneno. Executar a soroterapia especifica imediatamente.
Saiba mais sobre:
Surucucu - Cascavel- Jararaca

Bibliografia consultada:
Soerensen, Bruno - Animais Peçonhentos
Livraria Atheneu Editora - 1990

SARNAS EM CAVALOS!

SARNAS EM CAVALOS

São os eqüinos em geral parasitados por várias espécies de Sarnas, entre as quais as seguintes:
Psoroptes equi, que ataca preferentemente as zonas do corpo revestidas por pelagem mais densa, tais como o topete e a crina, seguindo-se em ordem de freqüência as regiões escapular e a de inserção da cauda. Raramente ataca as regiões como o ventre, garupa, curvilhão ou orelhas, e quando isso acontece, em geral está associada com a Sarna Sarcóptica que será mais especificamente tratada abaixo.
Para seu tratamento, simples banhos com água e sabão, preferentemente sendo este do tipo sarnicida, são suficientes para debelarem o parasita
Chorioptes equi, ou simplesmente Sarna Corióptera, também conhecida como Sarna da patas, pelo fato de quase sempre encontrar-se o parasita localizado nessa região exterior do animal. Produzindo intensa coceira, os animais quando parasitados demonstram-se irritadiços, andando de um lugar para outro sem se manterem calmos como usualmente acontece quando não parasitados. Dão patadas contra o chão, golpeiam com suas próprias patas as paredes dos locais onde se encontram alojados, mordem-se assim como os objetos circunvizinhos, demonstrando assim o prurido que sentem em suas extremidades. Essa irritação do animal é mais intensa principalmente a noite devido a grande atividade do ácaro parasita nesse horário, levando o dono ou o tratador do animal a pensar tratar-se de vício do animal. Durante os meses mais quentes há remissão dos sintomas, que tendem a voltar quando durante o Inverno ou noites frias, daí ser conhecida também pelo nome de Sarna Invernal.
Afeta inicialmente e mais freqüentemente as extremidades posteriores que a anteriores, e principalmente as chamadas regiões das quartelas. Invade em seguida as regiões das espáduas, do pescoço e do tronco, para invadir em seguida todo o corpo do animal. Aqueles animais de porte mais avantajado e de pelagem mais densa, pelos alemães chamados de Animais de " sangue frio ", são mais freqüentemente e primeiro parasitados que os demais com os quais convivam, e principalmente aqueles mais deficientemente cuidados com banhos ou simples rasqueamentos.
As zonas da pele atacadas pelo parasita, apresentam-se com infiltrações serosas e formação de nódulos e vesículas, para em seguida aparecerem crostas e por fim engrossamento cutâneo resultante da cornificação epidérmica (hiperqueratose). Por fim sobrevem queda de pêlos, e aparecimento de um eczema seco nesses locais parasitados. Com o passar do tempo sem tratamento condizente, pode evoluir para Eczema úmido e mesmo flegmonoso, sobrevindo calosidades e rugosidades das quartelas, daí o nome que lhe é dado de: pé eriçado.
Juntam-se ao quadro lesões traumáticas nesses locais, produzidas pelo ato de coçar mordendo a região pelos próprios animais.

Sarcoptes equi, ou simplesmente Sarna Sarcóptica, também chamada de Escabiose por semelhança com a produzida no homem e em algumas espécies animais pelo seu primo Sarcoptis scabiei.
Diferentemente das anteriores, esta espécie dá preferência para localizar-se em zonas da pele revestidas por pêlo mais curto. Em geral começa atacando a região da cabeça do animal, arcadas orbitarias, nariz, lábios e orelhas. Avança em seguida para o pescoço e região escapular, e nos cavalos utilizados como montaria ou tração, na região da sela. Todo o corpo pode ser invadido pelo parasita em prazo curto de 4 a 6 semanas, porém, excepcionalmente são parasitadas as regiões baixas como ventre e extremidades do corpo. Provoca prurido intenso, principalmente durante a noite. É mais freqüente que a Psoróptica, podendo associar-se a esta, produzindo então um quadro clínico não definido como quando acontece estar presente sozinha.
PATOGENIA - Tanto aquela psoróptica quanto a Sarcóptica, conforme já descrito, o que chama a atenção é o aparecimento de nódulos da pele, apresentando-se os folículos pilosos carcomidos, além de pontos avermelhados nas regiões mais claras ( despigmentadas), devido infiltração serosa da epiderme.
Algumas vezes podem ser claramente visíveis hemorragias cutâneas. Evolui para vesículas, e em algumas vezes para pústulas cutâneas.O conteúdo dessas vesículas que se rompem junto com as células de descamação da epiderme desprendidas por queratinização, formam verdadeiras escamas cobrindo a pelagem do animal e de coloração branco-acizentada. Sua aglutinação dá origem as crostas que sobrevem sobre a pele, o que serve também de estímulo para novos processos de queratinização cutânea. De permeio a essas crostas são encontradas verdadeiras galerias que servem de abrigo ao parasita e com o qual se nutre, além do próprio sangue do animal. Pela debilitação do próprio pêlo, sobrevem sua queda e em conseqüência o aparecimento de zonas depiladas na superfície parasitada.
TRATAMENTO - Entre os existentes, quando o número de animais parasitados é suficientemente grande que o justifique, podem ser utilizados câmaras fechadas, onde é insuflado anidrido sulfuroso, na proporção de quatro e cinco por cento com o ar atmosférico e na temperatura de 25-30 graus durante pelo menos uma hora. Deve esse tratamento ser repetido pelo menos durante uma semana e diariamente.
Aplicações sobre a pele, principalmente se o parasitismo for localizado como na cabeça e pescoço, e o número de animais for pequeno, são indicadas soluções com os seguintes medicamentos: Em primeiro lugar aplicação de solução de Hipossulfito de sódio a 40 %, com utilização de um pincel ou brocha, para logo em seguida ser aplicada uma solução de Ácido Clorídrico a 4 %.
A reação química que sobrevem entre essas soluções,dá origem ao Enxofre nascente, que tem ação fortemente acaricida, debelando o mal e o parasitismo dessas regiões do animal.
Medicamentos do tipo: Acarsan, que contem Benzoato de Benzila também têm indicação e são utilizados quando o número de animais for pequeno.
Igualmente sabões medicinais Sarnicidas, também podem ser utilizados em banhos diários dos animais, assim como lavagem dos utensílios utilizados no trato dos próprios animais, como escovas, raspadores, arreios e baixeiros de selas e arreios, assim como panos utilizados.
Alguns inseticidas de contato, a base de substâncias fosforadas ou cloradas, também podem ser utilizadas, desde que se tomem os devidos cuidados para ser evitada absorção pela pele, e conseqüente intoxicação do animais tratados.
Como última recomendação para evitar-se que tais parasitas cheguem até os animais, recomendaria banhos diários dos eqüinos do plantel, simplesmente com água, sabão e escova, alem de cuidados especiais no uso de objetos ou arreios de terceiros que podem estar contaminados por parasitas.
DR. CARMELLO LIBERATO THADEI - MEDICO VETERINÁRIO
CRMV-SP-0442.

MIÍASES OU BICHEIRAS

Miíases ou Bicheiras
Recebem o nome acima as doenças causadas pela invasão do tecido cutâneo por larvas de insetos dípteros, e em particular pelos chamados dípteros miodários; Conforme a biologia desses insetos, as respectivas afeções que causam são de duas categorias:
1 - BIONTÓFAGAS - Larvas que invadem os tecidos sãos, não necrosados, inclusive a pele íntegra São essas larvas chamadas de biontófagas, pois se desenvolvem a custa do tecido vivo, e por conseguinte, podendo comprometer o estado geral do homem ou do animal por elas parasitado. São essas larvas parasitas obrigatórias. Neste grupo estão agrupadas as seguintes espécies de insetos: Callitroga americana, Dermatobia hominis e Oestrus ovis.
2 - NECROBIONTÓFAGAS - Larvas que invadem exclusivamente tecidos já afetados por necrose de outras causas .Estas nutrem-se exclusivamente de tecido morto e porisso classificadas como necrobiontófagas; Algumas delas não são prejudiciais, pois limpam as feridas do material necrosado; Neste grupo estão as moscas do gênero Lucilia, que já foram inclusive utilizadas como meio terapêutico nos primórdios da medicina.
Raríssimamente iniciam uma miíase, e com certa freqüência são encontradas como saprófagas de feridas ou cavidades infestadas por outras espécies do grupo anterior. As principais larvas deste grupo,pertencem aos seguintes gêneros de moscas: Sarcophaga, Lucilia, Phaenicia, Calliphora, Musca, Mucina e Fannia.
Sob o ponto de vista médico, no Brasil, as miíases podem ser:
1 - Cutâneas - Miíases Furunculosas, produzidas pela Dermatobia homininis e pela Callitroga americana; Lesões parecidas à de furúnculos, daí o nome acima: Furunculosa.
2 - Cavitárias -
a) Miíases das feridas - Callitroga macellaria;
b) Nasomiíases - Miíases na região do nariz;
c) Otomiíases - Localização na região dos ouvidos:
d) Oculomiíases - Localizadas na região orbital;
e) Cistomiíases - De localização na bexiga;
f) Miíases intestinais - Quando sua localização é nos intestinos.
As miíases causadas por larvas de moscas necrobiontófagas (que se desenvolvem unicamente em carne pútrida ou em tecidos orgânicos fermentáveis) tornam-se pseudoparasitas de lesões ou tecidos doentes; Determinam o que se denomina miíases secundárias, por ser necessária a presença de material necrosado da ferida ou cavidade, para seu desenvolvimento.
Nas ulcerações, os danos em geral carecem de importância, pois as larvas se limitam a devovar os tecidos necrosados (mortos), não invadindo as partes sadias, e por conseguinte não ocasionando hemorragias. Estas foram já em passado recente utilizadas na "limpeza" de feridas, porque alimentando-se do tecido necrosado que existe em toda ferida, aceleravam e facilitavam o processo de cicatrização.
Cabe ser observado que nas regiões onde ocorre a Leishmaniose cutânea, como na região amazônica, principalmente no Território Indígena dos Ianomâmis, são observados com muita freqüência as naso-miíases, que nada mais são que miíases secundárias de larvas de moscas necrobiontófagas, que se instalam na região do nariz, nas lesões causadas primariamente pela Leishmania tegumentar.
As Miíases intestinais são sem sombra de dúvida, causadas pela ingestão de ovos ou larvas, por meio de bebidas ou alimentos por esses ovos ou vermes contaminados, e suas conseqüências carecem em geral de gravidade, produzindo algumas vezes apenas náuseas, vômitos e diarréia. Não obstante, a intensidade desses sintomas dependem da sensibilidade do próprio enfermo, e do número de larvas ingeridas. Segundo alguns autores, as larvas de moscas são resistentes à ação de certas substâncias, inclusive à ação dos sucos digestivos, podendo viver durante algum tempo no tubo digestivo.
Para o tratamento das bicheiras, quando as mesmas são superficiais (cutâneas), basta aplicação local de qualquer substância que seja ativa contra os insetos em geral, e concomitantemente não seja tóxica ao hospedei-ro, para que as larvas ou morram ou simplesmente sejam expulsas do local onde se encontram, e a cicatrização subsequente do ferimento leve a bom termo a cura da enfermidade.

Quando se dá o caso de serem as bicheiras cavitárias, como é o caso das gasterofiloses eqüinas, seu diagnóstico pelas técnicas coprológicas usuais não é possível, a não ser quando encontradas larvas íntegras no bolo fecal desses hospedeiros, o que pode ocorrer porém de forma fortuita, e portan-to o simples exame de fezes com resultado negativo não descarta sua ocorrência. A presença de ovos íntegros ou as larvas desses ovos já eclodidas, aderentes aos pêlos dos membros anteriores e nos espaços intermandibulares, é indicativo do parasitismo pelos gasterophilus.
Durante muito tempo, os únicos tratamentos conhecidos para o combate à gasterofilose eqüina, foi com a utilização de bissulfeto de carbono administrado oralmente e contido em cápsulas de gelatina.Devido sua toxidez, caso administrado sem a devida técnica, muitas vezes causava a morte do animal hospedeiro quando do seu tratamento com essa substância farmacêutica.
Com a descoberta das substâncias organo-fosforadas, os produtos sintéticos triclorfon e diclorvos, mostraram-se eficazes contra todos os estágios da fase larval desses insetos. O primeiro deles tem sido o produto mais utilizado em nosso meio, isola-damente ou em associação, sob a forma de pasta, com benzimidazoles. Sen-do pequena a margem de segurança, no que diz respeito a dose desses produ-tos, que tem sua dose terapêutica fixada em 35/40 mg por quilo de peso vivo do animal, deve tal dose ser fixada e criteriosamente observada quando do tratamento, sob pena de resultados desastrosos, inclusive com possível morte do animal.
Em fins dos anos 70, foram desenvolvidos novos fármacos, obtidos da fermentação de um fungo: (Streptomyces avermitilis), isolado do solo, no Japão. Uma dessas avermectinas, denominada de B1, apresentou ação anti-parasitária contra todas as fases larvárias desses Gasterophilus, tanto nos ecto quanto endoparasitas.
Recentemente, o anti-helmíntico salicilanilídico closantel, utilizado geralmente associado aos benimidazoles, sob a forma de pasta, mos-trou-se também eficaz como gasterofilicida, inclusive impedindo reinfestações dos eqüinos até cerca de dois meses após o tratamento.
As miíases ocorrendo em praticamente todo território brasileiro devido nossas condições climáticas predominantemente tropicais e equatoriais que muito favorecem o desenvolvimento dos insetos em geral, possibilitam sua multiplicação em ritmo acelerado, e com isso concomitante aparecimentos de bicheiras em nossos rebanhos, quer bovinos, suínos, eqüinos, ovinos ou caprinos.
As perdas decorrentes dessas miasses se traduzem principalmente por menor rendimento dos rebanhos explorados, quer na produção de leite, quer na produção de carne e seus subprodutos como o couro, este último muito depreciado pela bicheira.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Métodos de Adestramento de Equinos.

Métodos de adestramento de Equinos.


Não existe métodos inflexíveis e infalíveis para adestrar cavalos. Apenas se deve observar certos pontos fundamentais, que jamais mudam.

1 - Pode existir cavalo nervoso por natureza, mas não maldoso. A maldade se adquire com o mau adestramento ao se acumular sentimentos de revolta oriundos do castigo não compreendido. O castigo só faz bem quando tem fim recuperatório, obrigando pensar.

2. - O respeito mútuo é a base do adestramento, como reza o poeta Guilherme Colares no seu belíssimo poema Lembranças e lamentos de um cavalo:

"(...) Senhor, meu Deus dos cavalos,
eu vos peço, em final:
derrama tua divindade,
semeando na humanidade
o respeito e a bondade

na convivência terrena

entre homem e animal".

Porém, não há como negar que o respeito se fundamenta no poder. Para a minha esposa tocar os cavalos de um piquete para outro, só com um relho na mão.

3. - Ter em mente que um cavalo aos 3 anos de idade corresponde a um menino de 9. Só cem vezes mais forte.

4. - Violência e castigo não são as melhores armas da educação, mas o prêmio.

5. - A calma é fundamental. Adestrador nervoso produz cavalo nervoso.

6. - "Ajudas" e "corretivos" devem ser executados nos primeiros 5 segundos de cometida a falta. Depois deste período de tempo, prejudicam mais do que ajudam, porque o cavalo não saberá porque foi castigado.

7 - Para que a "ajuda" tenha função educativa não deve ter caráter de castigo. Um golpe de rebenque na anca, por exemplo, deve ser único e suficientemente enérgico para caracterizar o nosso desagrado, sem nada a ver com vingança. Todo o castigo com fim vingativo é prejudicial para a educação. A mãe que dá um tapinha na bunda do filho que insiste em derrubar os bibelôs que estão sobre a mesinha, está educando. Se for uma saraivada de tapas, então já é vingança, que só gera rancor.

8 - Nunca passar para a lição seguinte sem que o cavalo tenha assimilado o ensinamento.

9 - Os seres vivos não são pedras. Estão sujeito a mau humor, indisposição geral, dores de cabeça, irritabilidade, ansiedade, etc. Estes não são os melhores momentos para ensinar.

10 - O grande segredo do adestramento é tornar prazeroso o que queremos do nosso cavalo.

11 - Ter paciência. Nenhum adestramento eqüino estará completo antes de dois anos de trabalho. Durante este período, deve ser trabalhado por cavaleiro experiente, jamais por criança. Para os predados, tamanho é documento. É por isso - aparentar maior tamanho - quando ameaçados eriçam os pêlos [1].



1 O melhor exemplo de aparentar maior tamanho para fugir do predador é dado por uma espécie de macaco do região amazônica. À noite, mesmo no calor dos trópicos, dormem abraçados, agrupados em três ou quatro indivíduos, para aparentarem um macaco grande.